Saúde Preventiva

Guia Completo de Vacinação: Tudo o Que Você Precisa Saber para Proteger Sua Saúde

Descubra tudo sobre vacinação neste guia completo. Proteja sua saúde e de seus entes queridos com informações essenciais sobre imunização no Brasil.

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças graves. Ela protege o corpo humano contra vírus e bactérias que podem causar sérios problemas de saúde, inclusive levar à morte. Ao vacinar-se, a pessoa não apenas se protege, mas também ajuda a proteger toda a sua comunidade, diminuindo as chances de propagação dessas doenças. Algumas doenças, como a varíola, já foram até erradicadas graças à vacinação1. No Brasil, o Ministério da Saúde oferece gratuitamente um grande número de vacinas contra doenças graves por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que coordena as campanhas anuais de vacinação2.

O Guia Completo de Vacinação foi impresso no Brasil em uma tiragem de 10.000 exemplares1. Essa cartilha aborda diversos temas, como vacinação, imunização e prevenção de doenças1. A vacinação é apontada como uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças1. Além disso, a varíola é a única doença erradicada mundialmente1, e no continente americano, não há casos de poliomielite desde 19911.

Principais Aprendizados

  • A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças graves.
  • Algumas doenças, como a varíola, já foram erradicadas graças à vacinação.
  • O Ministério da Saúde oferece gratuitamente diversas vacinas no Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
  • O Guia Completo de Vacinação aborda temas importantes sobre vacinação e imunização.
  • A varíola foi erradicada mundialmente e a poliomielite não há casos no continente americano desde 1991.

O Que São as Vacinas

As vacinas são um dos avanços mais significativos da medicina moderna. Elas estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos que protegem contra doenças infecciosas3. Quando uma pessoa é vacinada, seu organismo passa a reconhecer e combater com mais eficácia os vírus e bactérias que causam essas doenças, evitando futuras infecções3. Essa é a importância das vacinas para a saúde individual e coletiva.

Como as Vacinas Funcionam

As vacinas funcionam estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos. Quando uma pessoa é exposta a um agente patogênico (como um vírus ou bactéria) enfraquecido ou inativo, seu corpo reage criando memória imunológica4. Dessa forma, se a pessoa entrar em contato com o agente real no futuro, seu sistema imunológico irá reconhecê-lo e respondê-lo de maneira mais rápida e eficaz, evitando que a doença se desenvolva.

Importância das Vacinas

As vacinas são uma das estratégias mais eficazes para prevenir doenças e manter a população saudável4. Elas não apenas protegem o indivíduo vacinado, mas também contribuem para a erradicação de doenças em toda a sociedade, evitando surtos e epidemias4. Ademais, a vacinação é fundamental para os grupos de risco, como crianças, idosos e imunossuprimidos, que são mais vulneráveis a doenças graves.

“A vacinação não só protege o indivíduo, mas também a população, evitando epidemias e contribuindo para a erradicação de doenças como a varíola e a poliomielite.”4

Em resumo, as vacinas são essenciais para a saúde pública e desempenham um papel crucial na prevenção de doenças infecciosas, reduzindo a incidência de surtos e contribuindo para a construção de uma sociedade mais saudável e resiliente.

Programa Nacional de Imunizações (PNI)

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde desempenha um papel fundamental na promoção da saúde da população brasileira. Estabelecido em 19755, o PNI disponibiliza gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) uma ampla gama de imunobiológicos, incluindo 31 vacinas6. O programa também coordena as campanhas anuais de vacinação em todo o país, com o objetivo de alcançar altas coberturas vacinais e garantir a proteção individual e coletiva.

Ao longo dos seus quase 50 anos de existência, o PNI já ofereceu 47 imunobiológicos para a população brasileira6. Esse programa abrange uma diversidade de vacinas, desde as indicadas para crianças até aquelas destinadas a adultos e idosos, incluindo também as vacinas para gestantes6.

Dentre os principais marcos do PNI, destacam-se: a eliminação da varíola no Brasil em 19715, a erradicação da poliomielite em 19945 e a distribuição de mais de 520 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 desde o início da campanha de vacinação6.

O PNI é parte integrante do Programa da Organização Mundial da Saúde, estabelecendo parcerias com a UNICEF, Rotary Internacional e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)5. Essa articulação internacional fortalece e aprimora as ações do programa, garantindo a proteção da população brasileira contra doenças imunopreveníveis.

PNI - Programa Nacional de Imunizações

Em resumo, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um pilar fundamental da saúde pública no Brasil, oferecendo vacinas gratuitas e coordenando campanhas nacionais para alcançar altas coberturas vacinais e promover a saúde da população56.

Calendário Nacional de Vacinação

O calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil é abrangente e contempla diversas vacinas que protegem a saúde da população7. Essas vacinas previnem doenças graves e potencialmente fatais, como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche7.

Vacinas Disponíveis

Além das vacinas de rotina, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) também disponibiliza vacinas indicadas para grupos em condições clínicas especiais, como pessoas com doenças crônicas ou sistema imunológico comprometido. Essas vacinas são aplicadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE)7.

Algumas das vacinas disponíveis no calendário nacional de vacinação incluem:

  • BCG: protege contra formas graves de tuberculose789
  • Hepatite B: requer uma dose ao nascer para conferir imunidade789
  • Pentavalente (DTP + HB + Hib): protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b78
  • Poliomielite (VIP): previne a poliomielite (paralisia infantil)78
  • Rotavírus (VORH): previne a diarreia causada pelo rotavírus78
  • Pneumocócica 10-valente: protege contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por sorotipos específicos de Streptococcus pneumoniae78
  • Meningocócica C: previne doenças invasivas causadas pelo sorogrupo C de Neisseria meningitidis78
  • COVID-19: vacina pediátrica da Pfizer para crianças menores de 5 anos, com doses específicas para prevenção de complicações8
  • Tríplice Viral (SCR): protege contra sarampo, caxumba e rubéola789

O calendário nacional de vacinação inclui ainda reforços e doses adicionais para garantir a imunidade a longo prazo789.

Além das vacinas infantis, o PNI também oferece vacinas para adolescentes, adultos e idosos, como a vacina contra o HPV, Hepatite B, Difteria e Tétano89.

As informações sobre o calendário de vacinação e as doses recomendadas são atualizadas periodicamente de acordo com as diretrizes dos órgãos de saúde89.

“O calendário nacional de vacinação é essencial para a proteção da saúde da população, especialmente de grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde específicas.”

Vacinação na Infância

O calendário de vacinação infantil é essencial para proteger as crianças desde o nascimento contra doenças graves e potencialmente fatais. Essa abrangente cobertura vacinal inclui uma série de vacinas fundamentais, como a BCG, a vacina contra poliomielite, a vacina tetravalente, a vacina tríplice viral, a vacina contra hepatite B e a vacina contra febre amarela10.

Vacina BCG

A vacina BCG, contra a tuberculose, é administrada em dose única ao nascer. Crianças não vacinadas devem receber a dose até os quatro anos, 11 meses e 29 dias de idade10.

Vacina contra Poliomielite

A vacina contra a poliomielite é oferecida em três doses, recomendadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, para crianças entre dois meses e menos de cinco anos10. Adicionalmente, duas doses de reforço são sugeridas aos 15 meses e 4 anos10.

Vacina Tetravalente

A vacina tetravalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche e meningite por Haemophilus influenzae tipo b, é aplicada em três doses recomendadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, para crianças de dois meses a seis anos, 11 meses e 29 dias10.

Vacina Tríplice Viral

A vacina tríplice viral, contra sarampo, rubéola e caxumba, é uma das mais importantes do calendário infantil.

Vacina contra Hepatite B

A vacina contra hepatite B é aplicada em dose única ao nascer. Crianças não vacinadas ao nascer devem receber a dose até um mês de idade10.

Vacina contra Febre Amarela

A vacina contra febre amarela é recomendada em uma dose com reforço aos 9 meses e 4 anos, para crianças de nove meses a quatro anos, 11 meses e 29 dias10.

Essas vacinas, administradas de acordo com o calendário vacinal infantil, oferecem uma proteção abrangente contra doenças que podem ter graves consequências para a saúde das crianças.

“A vacinação na infância é uma das medidas mais eficazes para prevenir doenças graves e salvar vidas.”

Vacinação na Adolescência

A saúde e o bem-estar dos adolescentes são prioridades importantes, e a vacinação desempenha um papel fundamental nessa etapa da vida. O calendário vacinal para essa faixa etária inclui diversas vacinas essenciais, como a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano), a vacina contra febre amarela, a vacina contra hepatite B e a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola)11.

Essas vacinas ajudam a manter a imunização atualizada e protegem os adolescentes contra doenças que podem ter consequências graves nessa fase da vida. De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas na adolescência incluem a hepatite B, dTpa, HPV, febre amarela, tríplice viral e dupla adulto (dT), podendo variar conforme o calendário de cada um12.

Vacinas Essenciais na Adolescência

  • Vacina Dupla Adulto: Recomendada para completar o esquema de imunização contra difteria e tétano.
  • Vacina contra Febre Amarela: Essencial para proteger contra essa doença transmitida por mosquitos, com possibilidade de uma segunda dose ao longo da vida12.
  • Vacina contra Hepatite B: Oferece proteção contra essa infecção viral que pode causar danos ao fígado.
  • Vacina Dupla Viral: Imuniza contra o sarampo e a rubéola, doenças que podem ter complicações graves.

Além dessas vacinas, os adolescentes podem receber outras, como a vacina contra o HPV, a vacina meningocócica e a vacina contra a gripe, dependendo das recomendações e do calendário vacinal de cada local111213.

Manter a caderneta de vacinação dos adolescentes atualizada não apenas os protege contra doenças graves, mas também contribui para a prevenção de surtos infecciosos e melhora a saúde da comunidade em geral13.

“A vacinação na adolescência é essencial para garantir a saúde e o bem-estar desse grupo etário, prevenindo doenças que podem ter consequências sérias.”

Vacinação para Homens Adultos

A saúde dos homens adultos é essencial, e a vacinação desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças graves. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir dos 20 anos, os adultos devem se vacinar contra pelo menos sete doenças, incluindo sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano14. Essa imunização ajuda a manter a saúde e o bem-estar dos homens nessa fase da vida.

Vacina Dupla Adulto

A vacina Dupla adulto (dt) contra difteria e tétano requer três doses iniciais, com a segunda tomada dois meses após a primeira e a terceira quatro meses após a segunda. Posteriormente, é necessário uma dose a cada dez anos14. Essa vacina é essencial para a proteção contra essas doenças potencialmente graves.

Vacina contra Febre Amarela

A vacinação contra a febre amarela sofreu alterações em 2019, ampliando a recomendação para todo o país, anteriormente indicada somente para áreas de alto risco14. Essa vacina é fundamental para a saúde dos homens adultos, especialmente aqueles que viajam ou residem em áreas de risco.

Vacina Dupla Viral

A Tríplice viral (SRC) para adultos é uma dose única e é contraindicada para gestantes e pessoas com imunidade comprometida14. Essa vacina protege os homens contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, doenças que podem ter complicações graves nessa fase da vida.

Além dessas vacinas, existem outras recomendadas para homens de 20 a 59 anos, como a vacina contra hepatites A e B, HPV, entre outras15. A imunização é essencial para a saúde dos homens, com um calendário específico desde a infância até a melhor idade15.

É importante que os homens adultos mantenham sua vacinação atualizada, pois isso os protege contra doenças que podem ter consequências graves nessa fase da vida. Ao seguir o calendário vacinal recomendado, eles podem desfrutar de uma vida mais saudável e segura.

Vacinação para Mulheres Adultas

A vacinação é essencial para a saúde das mulheres adultas, tanto durante a gravidez quanto fora dela. Infelizmente, a cobertura vacinal para este público vem apresentando queda nos últimos anos, inclusive entre gestantes, adultas e adolescentes16. É crucial que as mulheres fiquem atentas ao seu calendário de vacinação e atualizem suas doses regularmente.

Vacinação na Gravidez

Durante a gravidez, algumas vacinas são especialmente recomendadas para proteger a saúde da mãe e do bebê. A vacina dTpa, contra difteria e tétano, deve ser aplicada a partir da 20ª semana de gestação16. Além disso, a vacina contra a hepatite B é indicada após o primeiro trimestre de gestação, e a vacina contra a gripe pode ser tomada em qualquer fase da gravidez16.

Vacinação Fora da Gravidez

Fora do período gestacional, as mulheres adultas devem se manter atualizadas com um conjunto de vacinas essenciais. Isso inclui a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano), a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola) e a vacina contra o HPV, que é indicada dos 9 aos 45 anos de idade16. Outras vacinas importantes são as de meningite B e ACWY, varicela, hepatite A e B, influenza, dengue e febre amarela16.

À medida que as mulheres envelhecem, a vacinação continua sendo essencial. Na melhor idade, é fundamental a imunização contra a gripe, a tríplice do adulto, a pneumocócica e a febre amarela16. Além disso, é enfatizado o cuidado redobrado durante os primeiros anos de vida para evitar adoecimentos e óbitos infantis16.

“A vacinação é uma das medidas de saúde pública mais eficazes para prevenir doenças e salvar vidas. É essencial que as mulheres fiquem atentas ao seu calendário vacinal e mantenham suas doses em dia.”

Em conclusão, a vacinação desempenha um papel crucial na saúde das mulheres adultas, tanto durante a gravidez quanto fora dela. Ao se manterem atualizadas com as doses recomendadas, as mulheres podem se proteger e proteger seus filhos contra diversas doenças preveníveis1617.

Vacinação para Idosos

A vacinação é essencial para a proteção da saúde dos idosos, grupo que geralmente apresenta maior risco de complicações decorrentes de doenças infecciosas18. As vacinas recomendadas para esse público incluem a vacina contra a gripe (influenza), a vacina contra a pneumonia (pneumococo) e a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano)18.

Vacina contra Gripe

A dose anual da vacina contra a gripe (influenza) é preferencialmente administrada com a vacina quadrivalente de alta concentração (HD4V), podendo ser considerada uma segunda dose em casos epidemiológicos de risco18. Idosos acima de 60 anos são prioritários para essa vacina devido ao maior risco de desenvolver quadros graves de influenza19.

Vacina contra Pneumonia

A vacina contra o pneumococo, que protege contra a pneumonia, é outra recomendação importante para os idosos18.

Vacina Dupla Adulto

A vacina dupla adulto, que imuniza contra a difteria e o tétano, também é indicada para esse público18. Para quem completou o esquema básico, é recomendado um reforço a cada dez anos, e uma dose a qualquer momento para aqueles com esquema incompleto18.

Além dessas vacinas, outras como a vacina contra o herpes zóster1819, a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola)19 e a vacina contra hepatite A e B19 também podem ser indicadas, dependendo da situação epidemiológica e do estado de saúde do idoso181920.

Manter a vacinação atualizada é crucial para garantir a proteção dos idosos e melhorar sua qualidade de vida19. Para obter informações atualizadas sobre a disponibilidade e os grupos prioritários para cada vacina, é recomendado acessar os dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI)18.

Vacinação em Grupos de Risco

A vacinação é especialmente crucial para grupos de risco, como pessoas com doenças crônicas ou imunossuprimidas. Esses pacientes podem ter um risco significativamente maior de contrair doenças graves, como pneumonia pneumocócica. De fato, estudos demonstram que pacientes com câncer têm até 23 vezes mais chances de desenvolver essa doença21, enquanto pacientes com HIV apresentam um risco até 100 vezes maior21. Além disso, pacientes pós-transplantados têm um risco até 41 vezes maior21.

Para atender a essa população vulnerável, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Esses centros oferecem um calendário vacinal robusto, incluindo vacinas pneumocócicas, garantindo a proteção desses pacientes de acordo com seu perfil de risco21. Os CRIE atendem a 22 grupos de risco e 15 tipos de doenças crônicas que requerem vacinação especial22.

CRIE – Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais

Os CRIE são uma estrutura do Ministério da Saúde com profissionais de saúde especialmente preparados para atender pacientes com condições de saúde que debilitam o sistema imunológico. Esses centros oferecem gratuitamente as vacinas necessárias para proteger essa população vulnerável21. O acesso aos CRIE é feito por encaminhamento, com um fluxo definido de primeiro atendimento, vacinação e retorno22.

É essencial que pacientes do grupo de risco, especialmente aqueles com doenças crônicas, busquem essa proteção crucial por meio da vacinação21. Com uma cobertura vacinal de 83,86% para o esquema primário de duas doses desde janeiro de 202123, é importante que esse público vulnerable adote essa medida preventiva fundamental.

A vacinação de crianças a partir de seis meses de idade também é crucial, visto que a mortalidade por COVID-19 está elevada nesse grupo, principalmente devido à baixa cobertura vacinal23. É um desafio que precisa ser enfrentado para ampliar a proteção dessa população vulnerável.

Em resumo, a vacinação é uma medida essencial de proteção para grupos de risco, como pessoas com doenças crônicas ou imunossuprimidas. Os CRIE desempenham um papel fundamental nesse processo, oferecendo um calendário vacinal especializado e atendimento personalizado a essa população.

Reações das Vacinas

As vacinas, assim como qualquer medicamento, podem causar reações leves, como febre, dor ou vermelhidão no local da aplicação24. Essas reações são normais e indicam que o sistema imunológico está respondendo à vacina. Sintomas leves, como dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação da vacina, costumam surgir em até 3 dias após a imunização, desaparecendo em aproximadamente 2 a 3 dias24. Reações mais graves, como reações alérgicas intensas, fraqueza e alterações motoras, são consideradas muito raras24.

Dores de cabeça, musculares e articulares podem ocorrer entre 6 a 12 horas após a vacinação, durando cerca de 2 dias24. Febre, acompanhada por calafrios, cansaço e sudorese, costuma surgir entre 6 a 12 horas após a vacinação, desaparecendo após 2 a 3 dias24. Cansaço, sonolência e mal-estar podem surgir logo após a vacinação, manifestando-se também em crianças e bebês24. Diarreia, enjoo e vômito podem ocorrer em crianças, desaparecendo em cerca de 2 a 3 dias24.

Reações mais raras incluem febre muito alta, coceira intensa, urticária, choque anafilático, síndrome de Guillain-Barré, inflamação nos vasos sanguíneos e formação de ínguas24. Em casos de sintomas persistentes, como febre durando mais de 3 dias e dor intensa no local da aplicação, é recomendado procurar atendimento médico24.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 10% dos vacinados com a vacina BCG podem não apresentar lesões no local da aplicação, sem que isso signifique a ausência de proteção ou a necessidade de revacinação25. Em casos raros, a vacina BCG pode causar eventos adversos como úlceras com diâmetro superior a 1 cm, abscessos subcutâneos frios e quentes, granulomas, linfadenopatia regional supurada ou não, afetando cerca de 1 a cada 2500 crianças vacinadas25.

A vacina inativada contra o vírus da Hepatite B pode induzir dor no local da aplicação em 3% a 29% dos vacinados, além de apresentar outros sintomas como endurecimento, inchaço e vermelhidão afetando de 0,2% a 17% das pessoas vacinadas25. A vacina pentavalente, essencial contra difteria, tétano, coqueluche, meningite Haemophilus influenzae tipo b e hepatite B, pode ocasionar reações locais como dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação, perda de apetite, irritabilidade, choro anormal, inquietação, sonolência e sintomas gastrointestinais como diarreia e vômito25.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Distrito Federal, foram notificados 3.412 casos de Eventos Adversos Pós-vacinação associados às vacinas contra o coronavírus até 9 de agosto26. Reações mais comuns pós-vacinação em geral incluem febre, dor, e edema no local da aplicação26. Reações específicas relatadas com as vacinas contra a Covid-19 são dor no local da aplicação, fadiga, febre baixa, mialgia, diarreia, náusea e dor de cabeça26.

É importante conversar com um profissional de saúde para entender melhor os possíveis efeitos da vacinação e ficar atento a quaisquer reações adversas. A grande maioria das reações são leves e transitórias, mas em casos de sintomas persistentes ou preocupantes, é sempre recomendado buscar atendimento médico.

Conclusão

A importância da vacinação é inegável, uma vez que ela se tornou uma das principais ferramentas para a proteção contra doenças graves e preveníveis. Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas até a metade do século passado27. As vacinas são seguras e eficazes, pois são feitas com microrganismos da própria doença que previnem e passam por avaliações rigorosas antes de serem licenciadas para uso27.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil, criado em 1973, disponibiliza cerca de 48 imunobiológicos em aproximadamente 38 mil salas de vacinação, aplicando cerca de 300 milhões de doses ao ano28. O PNI estabelece um calendário vacinal específico para recém-nascidos, crianças, pré-adolescentes, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, garantindo a proteção adequada em todas as fases da vida27.

Manter a carteira de vacinação atualizada é um gesto de responsabilidade e solidariedade com toda a comunidade. Estudos estimam que a vacinação evita anualmente de dois a três milhões de mortes em todo o mundo29. Além disso, a imunidade coletiva ou de rebanho será alcançada ao atingir uma cobertura vacinal de 70 a 80% na população brasileira, excluindo a população infantil29. Portanto, vacinar-se é uma das melhores formas de cuidar da sua saúde e da saúde de seus entes queridos.

FAQ

O que são as vacinas e como elas funcionam?

As vacinas estimulam o corpo a se defender contra vírus e bactérias que causam doenças graves. Quando uma pessoa é vacinada, seu organismo produz anticorpos que evitam que a doença ocorra no futuro, criando a imunidade.

Qual a importância da vacinação?

A vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças graves. Ela protege o indivíduo e também toda a comunidade, diminuindo as chances de propagação dessas doenças. Algumas doenças, como a varíola, já foram erradicadas graças à vacinação.

O que é o Programa Nacional de Imunizações (PNI)?

O PNI, coordenado pelo Ministério da Saúde, disponibiliza gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) 48 imunobiológicos, incluindo 31 vacinas, e também coordena as campanhas anuais de vacinação em todo o país.

Quais são as vacinas disponíveis no calendário nacional de vacinação?

O calendário nacional de vacinação contempla 20 vacinas que protegem o indivíduo em todos os ciclos da vida, desde o nascimento, contra doenças graves e muitas vezes fatais, como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche.

Quais são as vacinas recomendadas para crianças?

As vacinas recomendadas para as crianças incluem a BCG (contra tuberculose), a vacina oral contra poliomielite (VOP), a vacina tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e meningite por Haemophilus influenzae tipo b), a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba), a vacina contra hepatite B e a vacina contra febre amarela.

Quais são as vacinas recomendadas para adolescentes?

As vacinas recomendadas para os adolescentes incluem a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano), a vacina contra febre amarela, a vacina contra hepatite B e a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola).

Quais são as vacinas recomendadas para homens adultos?

As vacinas recomendadas para homens adultos são a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano), a vacina contra febre amarela e a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola).

Quais são as vacinas recomendadas para mulheres adultas?

As vacinas recomendadas para mulheres adultas incluem a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano) e a vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola). Durante a gravidez, a vacina dupla adulto é indicada para prevenir o tétano.

Quais são as vacinas recomendadas para idosos?

As vacinas recomendadas para os idosos são a vacina contra a gripe (influenza), a vacina contra a pneumonia (pneumococo) e a vacina dupla adulto (contra difteria e tétano).

Quais são as vacinas indicadas para grupos de risco?

Pessoas com doenças crônicas ou imunossuprimidas, como HIV/AIDS, cardiopatias, pneumopatias, hepatopatias, nefropatias, diabetes, entre outras, têm indicação de vacinas especiais, disponíveis gratuitamente nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) do Sistema Único de Saúde (SUS).

Quais são as possíveis reações das vacinas?

As vacinas, assim como qualquer medicamento, podem causar reações leves, como febre, dor ou vermelhidão no local da aplicação. Essas reações são normais e indicam que o sistema imunológico está respondendo à vacina. Reações graves são raras, mas podem ocorrer em casos específicos.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Procurados

Sair da versão mobile