Coração em Foco: Tudo Sobre Infarto e Saúde Cardiovascular
Novas Pesquisas Sobre Infarto: O Que Há de Novo?
Descubra os avanços mais recentes em pesquisas sobre infarto. Conheça novos tratamentos, métodos de prevenção e cuidados pós-infarto. Novas Pesquisas Sobre Infarto: O Que Há de Novo?
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Cardiologia (INC), entre 2008 e 2022, houve um aumento alarmante de 158% no número de internações por infarto entre os homens no Brasil, passando de uma média mensal de 5.282 para 13.645 casos1. Entre as mulheres, o aumento foi de 157%, com a média mensal saltando de 1.930 para 4.973 internações1. Ainda mais preocupante, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre homens e mulheres no país, com 7.368.654 óbitos registrados entre 2017 e 2021.
Diante desse cenário, é crucial entendermos o que há de novo nas pesquisas sobre o infarto, suas causas, sintomas e tratamentos, além de explorar as tendências de crescimento e as possibilidades de prevenção. Neste artigo, vamos mergulhar nessas questões e descobrir como podemos enfrentar esse desafio de saúde pública com maior eficácia.
Principais Pontos de Destaque
- Aumento alarmante no número de internações por infarto no Brasil, especialmente entre homens
- Doenças cardiovasculares como principal causa de morte no país
- Importância de entender as novidades em pesquisas sobre infarto
- Necessidade de identificar causas, sintomas e tratamentos mais eficazes
- Tendências de crescimento e possibilidades de prevenção
O Que é um Infarto?
O infarto do miocárdio, popularmente conhecido como infarto, é uma condição médica grave que ocorre quando o fluxo sanguíneo é interrompido em uma região do coração, levando à morte das células cardíacas2. Existem3 5 tipos distintos de infarto, cada um com suas próprias características e implicações.
As principais causas de infarto são os coágulos sanguíneos que bloqueiam as artérias coronárias, responsáveis por levar oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco2. Além disso, fatores de risco como sedentarismo, tabagismo, dieta rica em gorduras e sódio, colesterol alto, estresse e condições como diabetes e hipertensão também podem aumentar as chances de um infarto2.
Sintomas de Alerta
Os sintomas de um infarto podem variar entre os pacientes, mas geralmente incluem dor ou desconforto no peito que se irradia para o braço esquerdo, costas ou mandíbula, falta de ar, palpitações e tonturas2. É importante estar atento a esses sinais de alerta e buscar atendimento médico urgente, pois o pronto tratamento aumenta as chances de recuperação.
Tipo de Infarto | Características |
---|---|
Tipo 1 | Infarto causado por placa de gordura obstruindo as artérias |
Tipo 2 | Infarto devido a um desequilíbrio entre a demanda e o suprimento de oxigênio no coração |
Tipo 3 | Infarto fulminante, associado a morte súbita antes do tratamento |
Tipo 4 | Infarto relacionado a procedimentos como angioplastia coronariana |
Tipo 5 | Infarto após cirurgia de revascularização do miocárdio |
O diagnóstico de um infarto envolve a realização de exames como eletrocardiograma, avaliação física e testes laboratoriais, incluindo análises de troponina e mioglobina3. É fundamental procurar atendimento médico de um cardiologista assim que houver suspeita de infarto, pois o tratamento imediato é crucial para aumentar as chances de sobrevivência e recuperação2.
“A Rede D’Or, a maior rede de saúde do Brasil, oferece serviços de diagnóstico avançados e tratamentos especializados em cardiologia, alinhados com as diretrizes internacionais.”2
A Rede D’Or, com suas2 87 unidades de terapia intensiva (UTIs) reconhecidas como Top Performer 2022, é uma referência em cuidados cardiovasculares de alta qualidade, destacando-se por suas certificações, como a Joint Commission International (JCI).
Aumento dos Casos de Infarto no Brasil
Dados alarmantes revelam um aumento significativo nos casos de infarto no Brasil nos últimos anos. Segundo o estudo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), a média mensal de internações por infarto entre os homens passou de 5.282 para 13.645, representando um aumento de 158%4. Entre as mulheres, a média mensal aumentou de 1.930 para 4.973, um crescimento de 157%4.
O estudo do INC baseia-se nos dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde, abrangendo de 70% a 75% de todos os pacientes brasileiros que utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS)4. Além disso, os casos de infarto são ainda mais frequentes durante o inverno, com um aumento de 27,8% nas mulheres e 27,4% nos homens em comparação com o verão4.
Segundo dados do INC, entre 2017 e 2021, 7.368.654 pessoas morreram no Brasil devido a doenças cardiovasculares, sendo essa a principal causa de morte tanto para homens quanto para mulheres no país4. Esse número é o dobro de mortes causadas por todos os tipos de cânceres juntos e 2,3 vezes mais que todas as causas externas (acidentes e violência)4.
Estatísticas Alarmantes
O número de casos de infartos registrados por mês no Brasil mais que dobrou nos últimos 15 anos5. A média mensal de internações decorrentes de infarto aumentou quase 160% no mesmo período5. Ainda, entre os jovens de até 30 anos, houve um crescimento de 10% acima da média nacional de casos de infarto5.
Infarto, parada cardíaca e acidente vascular cerebral juntos são a principal causa de morte em todo o mundo5. No Brasil, esses problemas cardiovasculares são duas das principais causas de morte da população atualmente, sendo necessário focar em fatores modificáveis, como os hábitos alimentares, para melhorar a saúde cardiovascular5.
“A prática de exercícios físicos e uma alimentação balanceada são apontadas pelo INC como formas principais de prevenção contra doenças cardiovasculares.”
Novas Pesquisas Sobre Infarto: O Que Há de Novo?
As novas pesquisas sobre infarto têm se concentrado em entender o aumento dos casos, especialmente entre jovens e mulheres1. Estima-se que no Brasil ocorram anualmente entre 300 mil a 400 mil casos de infarto agudo do miocárdio, e a cada 5 a 7 casos, ocorre um óbito no país1. Fatores como estilo de vida sedentário, má alimentação, tabagismo e estresse têm contribuído para o crescimento da incidência de doenças cardiovasculares no Brasil1.
Estudos recentes revelam preocupantes tendências, como o aumento da mortalidade por infarto entre mulheres jovens no Brasil6. Menos da metade das mulheres jovens recebe o tratamento adequado para prevenir ou tratar infartos, e a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares agudas subiu 7,6% entre mulheres de 15 a 49 anos entre 1990 e 20196.
Outra descoberta relevante é a influência das estações do ano nos casos de infarto7. A estação do inverno propicia um aumento de até 12% de internações por infarto no Brasil, chegando a 30% mundialmente, especialmente em pessoas com fatores de risco cardiovascular7. Isso se deve à contração dos vasos sanguíneos devido ao frio, que pode levar ao aumento da pressão arterial e criar resistência ao bombeamento de sangue, sobrecarregando o coração7.
Dados Importantes Sobre Infarto | Número |
---|---|
Casos anuais de infarto no Brasil | 300 mil a 400 mil1 |
Óbitos a cada 5-7 casos de infarto | 11 |
Aumento de internações por infarto no inverno | Até 12% no Brasil, 30% mundialmente7 |
Aumento da mortalidade por infarto em mulheres jovens (15-49 anos) | 7,6% entre 1990 e 20196 |
Essas novas pesquisas revelam a importância de um maior entendimento e atenção aos fatores de risco, prevenção e tratamento do infarto, especialmente voltados para os grupos mais vulneráveis, como mulheres e jovens167.
Crescimento de Casos em Jovens e Mulheres
Uma preocupante tendência vem sendo observada no Brasil: o aumento dos casos de infarto entre jovens e mulheres. De acordo com dados do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o crescimento nos casos de infarto entre jovens de até 30 anos foi 10% acima da média geral8. Além disso, a proporção de hospitalizações por ataque cardíaco entre pessoas de 35 a 54 anos aumentou significativamente, passando de 27% em 1995-99 para 32% em 2010-148. Esse cenário é ainda mais alarmante quando se observa que a proporção geral de hospitalizações por ataque cardíaco em mulheres jovens (de 35 a 54 anos) cresceu de 21% para 31% no mesmo período, um aumento ainda mais expressivo do que o observado entre os homens jovens (de 30% para 33%)8.
Mudanças nos Hábitos de Vida
O médico Paulo Caramori, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, aponta que o aumento dos casos de infarto em jovens pode estar relacionado a fatores como problemas congênitos e uma piora nos hábitos diários, como o crescente consumo de ultraprocessados e até mesmo de drogas8. Além disso, um estudo publicado em 2019 no American Journal of Medicine constatou que a proporção de adultos com 40 anos ou menos que sofreram um ataque cardíaco tem aumentado 2% ao ano na última década8.
No caso das mulheres, a situação é ainda mais preocupante. Dados mostram que no Brasil houve um aumento de 62% nas mortes de mulheres entre 15 e 49 anos por ataques cardíacos de 1990 a 20199. Na faixa etária de 50 a 69 anos, o número quase triplicou, com um aumento de aproximadamente 176%9. Esse cenário evidencia que as mulheres, menos tradicionalmente afetadas por doenças cardíacas, agora estão experimentando um aumento similar de casos em comparação aos homens9.
Porém, apesar desse aumento, menos de 50% das mulheres que sofrem ataques cardíacos recebem o tratamento farmacológico adequado9. Além disso, um estudo publicado pela American Academy of Cardiology indica que as mulheres têm maior probabilidade de precisar de nova hospitalização no ano seguinte ao evento e estão em maior risco de complicações e morte durante esse período9.
Essa tendência preocupante reforça a importância de uma maior conscientização e atenção às doenças cardiovasculares, especialmente entre os jovens e as mulheres. Compreender os fatores de risco e adotar hábitos de vida saudáveis são fundamentais para prevenir esses casos e salvar vidas89.
Prevenção de Doenças Cardiovasculares
A prevenção de doenças cardiovasculares, como o infarto, é essencial para a manutenção da saúde do coração. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), as principais formas de prevenção são a prática regular de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação balanceada10.
Importância de Hábitos Saudáveis
O cardiologista Paulo Caramori ressalta a importância de reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, que são rapidamente absorvidos e causam desequilíbrio na produção de insulina, aumentando os riscos de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes10.
- A aterosclerose é a principal causa do infarto, caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias, resultando em obstrução10.
- O tabagismo e o colesterol em excesso são os principais fatores de risco para um infarto10.
- Os diabéticos possuem de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto10.
- Em idosos, o sintoma principal de infarto pode ser a falta de ar10.
A prática regular de exercícios físicos, alimentação adequada e cessação do tabagismo são fundamentais na prevenção de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose10. Identificar os sintomas de um infarto é crucial para salvar a vida da pessoa afetada10.
Dicas de Prevenção | Benefícios |
---|---|
Prática regular de atividades físicas | Reduz em até 80% os óbitos causados por doenças cardiovasculares na infância11. |
Alimentação saudável | Evita gorduras, frituras, privilegia carnes brancas, vegetais, folhas e legumes11. |
Redução do consumo de açúcar, massas, pães e industrializados | Medida preventiva recomendada11. |
Restrição da ingestão de bebidas alcoólicas | Medida preventiva recomendada11. |
“Trinta minutos de caminhada, pelo menos três vezes por semana, já são benéficas para a saúde do coração.”11
Cuidar da saúde do coração é essencial para prevenir doenças cardiovasculares. Adotar hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios e uma alimentação equilibrada, pode reduzir significativamente os riscos de infarto e outras complicações101112.
Avanços na Medicina Cardiovascular
Os avanços na medicina cardiovascular têm sido significativos, com pesquisadores do mundo todo trabalhando incansavelmente para desenvolver tratamentos e terapias mais eficazes no combate às doenças do coração. Essas inovações visam não apenas reduzir a incidência dessa condição, mas também melhorar os cuidados pós-infarto, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos pacientes13.
Um exemplo notável é o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) realizado em Amsterdã, que reuniu mais de 30 mil profissionais de saúde de 175 países e compartilhou mais de 3,7 mil estudos e relatos de casos13. Dentre esses, cerca de 80 estudos conquistaram destaque em revistas renomadas, revelando avanços significativos na área cardiovascular13.
Um desses estudos, com 4.501 voluntários, mostrou uma redução nas hospitalizações cardiovasculares e internações por insuficiência cardíaca com o uso da reposição de ferro13. Além disso, as novas diretrizes introduziram o SCORE2-Diabetes, um método inovador para avaliar o risco de infarto em pacientes com diabetes tipo 2 ao longo de dez anos13.
Outra avanço relevante é a recomendação do uso de inibidores de SGLT2, como a empaglifozina, ou agonistas de receptores de GLP-1, como a semaglutida, para pacientes diabéticos com risco cardíaco13. A semaglutida, aprovada para diabetes e obesidade, revelou benefícios no alívio dos sintomas relacionados à insuficiência cardíaca, especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção preservada13.
Esses são apenas alguns exemplos dos avanços significativos que estão ocorrendo na medicina cardiovascular, demonstrando o compromisso da comunidade científica em busca de melhores tratamentos e uma maior qualidade de vida para os pacientes13. Com o contínuo desenvolvimento de pesquisas e inovações, é possível vislumbrar um futuro mais promissor no combate às doenças cardiovasculares.
Tratamentos Inovadores para Infarto
Os pesquisadores têm se dedicado intensamente a desenvolver tratamentos e terapias inovadoras para o infarto. Essas abordagens buscam reverter ou minimizar os danos causados por essa condição cardíaca grave, que afeta milhões de brasileiros.
Terapias Emergentes
Uma das terapias emergentes que vem ganhando destaque é o Regulador de Fluxo Atrial (AFR), um dispositivo desenvolvido pela empresa Occlutech. Em 2021, o AFR recebeu a designação de Dispositivo Inovador pela FDA, a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos14. O InCor, centro de referência em cardiologia no Brasil, está coordenando um estudo pioneiro com o AFR, que será realizado em 60 pacientes com fração de ejeção reduzida e sintomas de agravamento da insuficiência cardíaca14. Os procedimentos com o dispositivo são minimamente invasivos, levando cerca de 40 minutos, e permitem alta hospitalar em 24 horas, com rápido retorno às atividades diárias normais14.
Outra linha de pesquisa promissora é o desenvolvimento de uma molécula sintética para o tratamento da insuficiência cardíaca. O estudo, realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), foi desenvolvido ao longo de mais de dez anos e já passou por testes clínicos de segurança, que demonstraram a boa tolerância da molécula por indivíduos saudáveis15. O próximo passo é solicitar a aprovação para testes da terapia em humanos com insuficiência cardíaca junto à FDA15.
O desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas é fundamental para aumentar as chances de sucesso no tratamento da insuficiência cardíaca, condição que afeta cerca de 3 milhões de brasileiros e está em ascensão, especialmente devido ao envelhecimento populacional e à maior expectativa de vida15.
A busca por terapias inovadoras e eficazes para o infarto e a insuficiência cardíaca é uma prioridade para os pesquisadores. Essas novas abordagens terapêuticas têm o potencial de melhorar significativamente a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes acometidos por essas condições cardíacas graves.
Cuidados Pós-Infarto
Após um infarto, é fundamental que o paciente receba os cuidados adequados para sua recuperação e prevenção de novos eventos cardíacos. Esses cuidados envolvem um acompanhamento médico regular, a adoção de hábitos saudáveis, o uso correto de medicamentos e, em alguns casos, a realização de procedimentos de revascularização16.
O acompanhamento com o cardiologista é essencial para monitorar a evolução do paciente, ajustar a medicação quando necessário e identificar possíveis complicações. Além disso, a equipe médica pode orientar o paciente sobre as mudanças no estilo de vida que são fundamentais para a prevenção de novos infartos, como a prática regular de exercícios físicos, a adoção de uma dieta balanceada e a cessação do tabagismo.
O uso correto dos medicamentos prescritos, como anticoagulantes, betabloqueadores e estatinas, também desempenha um papel crucial na recuperação e na prevenção de novos eventos cardíacos. Esses medicamentos ajudam a controlar os fatores de risco, melhorar a função cardíaca e reduzir a chance de complicações16.
Em alguns casos, procedimentos de revascularização, como a angioplastia ou a cirurgia de revascularização do miocárdio, podem ser necessários para melhorar o fluxo sanguíneo e a oxigenação do coração. Esses procedimentos são indicados quando há obstrução significativa das artérias coronárias.
O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, é fundamental para garantir uma recuperação bem-sucedida e a prevenção de novos eventos cardíacos após um infarto16.
Cuidados Pós-Infarto | Importância |
---|---|
Acompanhamento médico regular | Monitorar a evolução, ajustar medicação e identificar complicações |
Adoção de hábitos saudáveis | Prática de exercícios, alimentação equilibrada e cessação do tabagismo |
Uso correto de medicamentos | Controlar fatores de risco, melhorar função cardíaca e reduzir complicações |
Procedimentos de revascularização | Melhorar o fluxo sanguíneo e a oxigenação do coração |
Acompanhamento multidisciplinar | Garantir uma recuperação bem-sucedida e prevenir novos eventos |
Ao seguir esses cuidados pós-infarto, os pacientes têm melhores chances de se recuperar completamente, prevenir novos eventos cardíacos e ter uma melhor qualidade de vida16.
“O acompanhamento médico regular e a adoção de hábitos saudáveis são fundamentais para a recuperação e a prevenção de novos infartos.”
Sinais de Alerta e Reconhecimento Precoce
Apesar dos avanços médicos, apenas 2% dos brasileiros sabem reconhecer os sintomas de um infarto17. Os principais sinais de alerta incluem dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, sudorese fria e náuseas17. O reconhecimento precoce desses sintomas é crucial para um atendimento rápido e redução dos danos causados pelo infarto.
Estudos mostram que as mulheres apresentaram uma alta prevalência de sintomas atípicos, como náusea, vômito, dor nas costas e pescoço, falta de ar, indigestão, fadiga e palpitações18. Isso ressalta a importância do reconhecimento precoce e de um atendimento adequado para esse grupo.
- Mulheres têm 2 vezes mais chances de apresentar sintomas atípicos e demorar mais para buscar atendimento18.
- Pacientes com insuficiência renal crônica, idosos, diabéticos, obesos e com histórico de acidente vascular cerebral também apresentaram maiores riscos de mortalidade hospitalar19.
A predição de risco pela classificação Killip-Kimball demonstrou uma boa acurácia (AUC de 0,77) em identificar pacientes com maior gravidade19. Essa estratificação de risco é fundamental para direcionar o nível de cuidado adequado a cada paciente.
Em resumo, o reconhecimento precoce dos sinais de alerta, especialmente em grupos de maior risco, pode salvar vidas e minimizar as consequências de um infarto171819. A educação da população e o treinamento de profissionais de saúde são essenciais para melhorar o atendimento e reduzir a mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil.
Pesquisas Clínicas Promissoras em Cardiologia
As pesquisas clínicas em cardiologia têm avançado significativamente, buscando desenvolver novos tratamentos, terapias e abordagens mais eficazes no combate às doenças cardiovasculares20. Esses avanços na medicina cardiovascular oferecem esperança para uma melhor prevenção e cuidados mais eficientes para os pacientes com problemas cardíacos.
A prática da cardiologia baseada em evidências (CBE) envolve integrar a experiência clínica individual com a melhor evidência externa da pesquisa clínica20. Essa abordagem visa identificar e aplicar as intervenções mais eficientes para maximizar a qualidade de vida dos pacientes20. A medicina baseada em evidências (MBE) tem sido amplamente adotada na cardiologia, substituindo a medicina autoritária baseada em opiniões pessoais por uma abordagem fundamentada em evidências20.
Recentes pesquisas clínicas têm demonstrado resultados promissores no tratamento da hipertensão arterial. Cerca de 35% dos brasileiros já são afetados pela hipertensão21, e o número de mortes associadas a essa condição aumentou para mais de 39 mil, representando um aumento de 72%21. No entanto, um novo medicamento utilizado a tecnologia avançada de RNA de interferência (RNAi) tem mostrado reduções significativas da pressão arterial em pacientes com uma única injeção subcutânea, quando comparado ao placebo21. Essa terapia revolucionária é considerada uma esperança para os pacientes que buscam por recursos terapêuticos mais avançados no controle da hipertensão21.
Outro avanço promissor é a eficácia e segurança do stent Inspiron® em comparação a outros Stents Farmacológicos de segunda ou terceira geração em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST submetidos à intervenção coronária percutânea (ICP) primária22. Estudos clínicos demonstraram que as taxas de revascularização do vaso alvo, trombose de stent, mortalidade e desfechos cardiovasculares maiores foram semelhantes entre os grupos após um acompanhamento mediano de 17 meses22.
Essas pesquisas clínicas promissoras em cardiologia oferecem esperança para uma melhor prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, impactando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
“A prática da cardiologia baseada em evidências depende das informações disponíveis, mesmo que não sejam definitivas, quando estudos randomizados adequados não estão disponíveis.”20
- A mudança para o modelo de decisão clínica baseado em evidências não está uniformemente distribuída20.
- A prática cardiológica está passando por uma transição para a cardiologia baseada em evidências (CBE)20.
- A medicina baseada em evidências (MBE) foi originada na França no século 19, com a utilização consciente e judiciosa da melhor evidência para a tomada de decisão no tratamento dos pacientes20.
- A prática da CBE envolve integrar a experiência clínica individual com a melhor evidência externa da pesquisa clínica20.
- A MBE e a CBE buscam identificar e aplicar as intervenções mais eficientes para maximizar a qualidade de vida dos pacientes20.
- A prática da CBE não se restringe apenas a estudos randomizados e metanálises, podendo abranger diferentes tipos de estudos, como os transversais e de coorte20.
- A necessidade de uma prática baseada em evidências na cardiologia é motivada pela ineficácia e irrelevância de muitas das informações disponíveis na literatura cardiológica20.
- Os princípios da epidemiologia clínica são considerados a ciência básica para a prática clínica, visando proporcionar a melhor evidência sobre a eficácia dos cuidados médicos20.
- A necessidade de uma abordagem estruturada na prática clínica levou à incorporação da epidemiologia clínica para melhorar a qualidade e eficiência dos esforços clínicos20.
Métrica | Grupo Inspiron® | Grupo Outros Stents |
---|---|---|
Revascularização do vaso alvo | 0,52 | – |
Trombose de stent | 1,00 | – |
Mortalidade | 0,724 | – |
Desfechos cardiovasculares maiores | 1,170 | – |
Conclusão
As pesquisas recentes sobre infartos revelam um cenário preocupante no Brasil, com um aumento de cerca de 59% nas internações de pessoas de até 39 anos por infarto e de 9% nas mortes entre 2010 e 201923. Nos Estados Unidos, a proporção de pessoas com menos de 40 anos que sofreram um ataque cardíaco aumentou 2% ao ano durante a última década23. Além disso, mais da metade da população brasileira está acima do peso, e o número de adultos diabéticos cresceu 40% entre 2006 e 201823.
Esses dados alarmantes destacam a importância de medidas preventivas e de um acompanhamento médico adequado. A adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios, uma alimentação equilibrada e a cessação do tabagismo, são fundamentais para reduzir os riscos de doenças cardiovasculares23. Paralelamente, os avanços na medicina cardiovascular, com o desenvolvimento de tratamentos inovadores e terapias emergentes, oferecem esperança para uma melhor assistência aos pacientes com problemas cardíacos.
No entanto, persistem desafios, como a escassez de dados sobre as características e a gravidade dos pacientes com infarto agudo do miocárdio no Brasil24. Estudos recentes estimaram que a letalidade hospitalar padrão varia de 28% em enfermarias de cuidados tradicionais a 8,5% em unidades coronarianas relativamente complexas24. Ainda assim, é essencial que a detecção precoce e os cuidados pós-infarto sejam aprimorados, a fim de reduzir os danos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.